quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um ano!

“A rua do Ouvidor, a mais passeada e concorrida, e mais leviana, indiscreta, bisbilhoteira, esbanjadora, fútil, noveleira, poliglota e enciclopédica de todas as ruas da cidade do Rio de Janeiro...”

Joaquim Manuel de Macedo, in Memórias da Rua do Ouvidor, 1879
“Rua do Ouvidor
Vamos à rua do Ouvidor; é um passo. Desta rua ao Diário de Notícias é ainda menos.
Ora, foi no Diário de Notícias que eu li uma defesa do alargamento da dita rua do Ouvidor – coisa que eu combateria aqui, se tivesse tempo e espaço.
Vós, que tendes a cargo o aformosamento da cidade, alargai outras ruas, todas as ruas, mas deixai a do Ouvidor assim mesmo – uma viela, como lhe chama o Diário - , um canudo, como lhe chama Pedro Luís.
Há nela, assim estreitinha, um aspecto e uma sensação de intimidade. É a rua própria do boato. Vá lá correr um boato por avenidas amplas e levadas de ar.
O boato precisa de aconchego, de contigüidade, o do ouvido à boca para murmurar depressa e baixinho, sem saltar de um lado para outro.
Na rua do Ouvidor, um homem, que está à porta do Laemmert, aperta a mão do outro que fica à porta do Crashley, sem perder o equilíbrio.
Pode-se comer um sanduíche no Castelões e tomar um cálix de Madeira no Deroche, quase sem sair de casa. O característico desta rua é ser uma espécie de loja única, variada, estreita e comprida.
Depois, é mister contar com a nossa indolência. Se a rua ficar assaz larga para dar passagem a carros, ninguém irá de uma calçada a outra para ver a senhora que passa – nem a cor dos seus olhos, nem o bico dos seus sapatos, e onde ficará em tal caso “o culto do belo sexo”, se lhe escassearem os sacerdotes?"
Machado de Assis, Diário de Notícias, 13 de agosto de 1893

Prezados Macedo e Machado:
A rua do Ouvidor , para nosso gáudio, permanece estreita, tagarela, brejeira e acolhedora. Aos sábados, de 15 em 15 dias, reúnem-se pitéus de vários tipos para brindar o Rio de inúmeros janeiros.
Para os Senhores que perderam o Trem do Samba, a hora é essa! Candeia, Luz da Inspiração estará na Folha SecaRua do Ouvidor, 37 – no próximo sábado, 20 de dezembro. Nessa edição comemorativa de um ano do Samba da Ouvidor, serão apresentadas algumas algumas relíquias inéditas do Candeia, das 23 , constantes no CD que acompanha a 3ª. edição do livro de João Baptista M. Vargens.
Digníssimos Mestres, é bom lembrar que a patuscada começará às 12h. Esperam-se os Senhores lá nem que seja de tamanco. Mas o traje, não se esqueçam: tem que ser azul e branco, as cores do Rio de sempre e da eterna Portela.

Abraços!

sábado, 6 de dezembro de 2008

E daqui a pouco...

13 é a hora.

É a penúltima do ano, não chove e a sede é grande.

Alô Basile, Allan, Pedro, Patrícia...

Até mais!

sábado, 29 de novembro de 2008

Esclarecimentos

Caros amigos, nosso Blog está sendo reformulado, e este é o motivo de não estarmos o atualizando freqüentemente.

Para quem se perdeu nas datas, não tem mistério. Nosso samba segue normalmente de 15 em 15, e como no último sábado, 22, teve Roda, a próxima será no dia 6 de dezembro.

Sobre o Trem do Samba: ocorreu um erro, e a nossa Roda entrou na programação, mas infelizmente esse ano não participaremos do grande evento do Dia do Samba. Porém, vale lembrar que além dos Trens que partirão rumo a Oswaldo Cruz e das inúmeras rodas que acontecerão na terra de Paulo Benjamim de Oliveira, haverá, na Central do Brasil, o lançamento da terceira edição da biografia de Antônio Candeia Filho, " Luz da Inspiração ", de autoria do professor João Batista Vargens.

Abraços a todos!

sábado, 8 de novembro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Pratinha

Nosso garoto de Botafogo, nosso querubim, muita saúde e muita música.

Parabéns pelos seus 21 anos!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

E amanhã...

Jonhy, William, Pedro... Todos já estão confirmados.

Tuca prometeu uma Salinas e Fabinho disse que amanhã não tem copo, afinal temos que comemorar a vida.

A roda amanhã começará às 13 horas, por conta de mais um casamento, não tem outro dia pra casar não? - terminaremos às 18 Horas.

Allan
estará presente também, mas terá que sair cedo para ir ao Tatuapé na roda do Terreiro Grande. Se ele não aparecer, Renato, Roberto e cia entram em pânico.

Viva o Maracujá!

Abraços a todos!

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sobre a postagem anterior:

O negócio é o seguinte: a música do Paulo Emílio se chama Lápis de Cor, e foi gravada sim em um LP do Marcelo Lessa.

Renato, temos que resolver o negócio do Allan, estou muito preocupado com ele.

Abraços a todos!

13ª Leva

Saudações a todos que por aqui passam.

Mais uma leva com lindos sambas, dessa vez, algumas surpresas. Após a relação das músicas colocarei algumas observações.

Segura aí:

1 - Adeus Mangueira ( Zé Espinguela ) Disco: Mangueira - Sambas de Terreiro e Outros Sambas ( 1999 ) Canta: Dona Neuma
2 - Hora de chorar ( Mano Décio da Viola e Jorginho Pessanha ) Disco: Autêntico - Jorginho ( Império ) Pessanha _ Canta: Jorginho Pessanha
3 - Meu trabalho ( Alberto Maia e Alvaiade ) Disco: 78RPM Lado B (1947) Gravadora RCA Victor - Canta: Ciro Monteiro
4 - O Borel ( Paulo Emílio ) Canta: eu mesmo
5 - Pimpolho moderno ( Nelson Cavaquinho e Gerson Filho ) - Caridade ( Nelson Cavaquinho e Ermínio do Vale) Canta: Nelson Cavaquinho

Baixe aqui!

Ps1.: Reparem na beleza da interpretação da grande Dona Neuma. Esse é o único disco que eu conheço que tem um registro dela cantando, se alguém souber de outro nos avise por favor.
Essa música será cantada pela primeira vez no sábado, vamos aprender?

Ps2.: " Hora de chorar " também não foi mandada pela Ouvidor.

Ps3.: Alvaiade dispensa comentários. " Meu trabalho " é outra que ainda não cantarolamos.

Ps4.: " O Borel ", não estou certo se o nome é esse, é uma música do grande Paulo Emílio, parceiro de Aldir e boêmio profissional, que aprendi aqui na Muda, meu bairro e dos compositores citados. Sempre cantamos ela em nossas rodas, e vez ou outra alguém me pede pra mandar a gravação, mas não existe gravação dessa música. Então resolvi fazer uma bem simples, aqui em casa mesmo, pra rapaziada aprender.
Outro fato, é que muita gente conhece essa música de ouvir em butiquim, sendo assim, cada um canta de uma forma. Desculpem-me os tijucanos de plantão se eu tiver cantado algum trecho de outra maneira. Alô, Felipinho, Simas, Basile, Montauri, Pavão, Tonhão, Moa... qualquer informação sobre a canção me passem.
Por último, em respeito ao grande boêmio da Muda, fui obrigado a cantar o time do meu cumpadre Pedro Paulo Malta, que também adora cantá-la por aí.

Ps5.: A música "Pimpolho moderno" foi gravada informalmente em uma bebedeira qualquer do Nelson. Sempre nos pedem a gravação dessa música, mas apesar dela ter sido gravada pelo João Nogueira, só tenho essa aí, que foi gentilmente cedida por nossa grande Cristina Buarque. Depois dela, ele ainda nos presenteia com a lindíssima " Caridade ".

Sábado estamos na área, mais um dia de muito samba, cana e alegria. Meu cumpadre Allan já está na área e disse que esse sábado vai ficar mais próximo de nós, já que no último ele só quis saber do Júnior de Oliveira.

Abraços a todos!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Amanhã!

Ae rapaziada, vamos pro outro lado da poça amanhã.

Teatro Popular de Niterói - Endereço: Rua Jornalista Rogério Coelho Neto s/nº - Caminho Niemeyer

20:00 horas é o horário. Segundo nossa amiga Andrea, que está nos ajudando na organização, ao sair da Barca é só perguntar aonde é o Teatro que todo mundo sabe. Dá pra ir a pé mesmo.

Vale chegar antes para comer uns peixes e tomar umas BRAHMAS no Mercado de São Pedro.

O prospecto, segundo meu cumpadre Eduardo Sarmento, botafoguense, está aqui.

Até lá!

Abraços!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Meu irmão Fabinho:

Lembro-me quando nos conhecemos na Muda, há um tempo atrás. Naquele momento não tínhamos noção o quanto seríamos amigos futuramente.

O tempo passa e eu me encontro contigo num Pé Sujo dos mais Tijucanos, o famoso Escadinha. Acho que dali em diante não deixamos de nos falar um dia se quer.

Estaremos juntos sempre, nas noitadas, butiquins, sambas... E hoje, nesse dia especial, gostaria de desejar-lhe muita saúde, paz, música, cana...

Aí vai uma leva com aquelas que você vive cantarolando por aí.

Décima segunda leva:

1 - Já sou feliz ( Candeia ) Disco: GRANDES SUCESSOS DA E. S. PORTELA - Abílio Martins e Zezinho ( 1963 )

2 - Adeus amor ( Dom Carlos e Mulequinho ) Disco: SAMBA DO MORRO E DO ASFALTO - Escola de Samba Império Serrano(1961)

3 - Juca Malvado ( Cartola ) Disco: Cartola - Entre amigos ( 1984 ) Canta: Paulo Marquês

4 - Alvorada na Portela ( Francisco Santana ) Disco: Jamelão - Escolas de samba ( 1957 )

5 - Oração de um Rubro Negro ( Billy Blanco ) Disco: 78RPM Lado B ( 1955 ) Canta: Jamelão

Ps.: Notem como o vascaíno Jamelão canta com amor ao Flamengo. Eu sempre soube que nosso intérprete maior amava o Maior do Mundo.

Baixe aqui!

Parabéns Fabio Cazes, meu irmão de copo, samba e vida!

Parabéns Briga!

Meu irmão querido, que você continue sendo essa figura maravilhosa, sempre disposto a ajudar e a contribuir para que nossa maior paixão não fique de lado.

Aceite um forte abraço do Samba da Ouvidor, que tanto te ama.

Malandro: um grande beijo!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Se expressar é crime?

Outro dia conversando com minha mãe sobre o período de 64 a 85, o qual ela viveu intensamente, pude perceber que hoje em dia estamos vivendo algo semelhante. Claro que não politicamente, mas acho que estamos perdendo cada vez mais o direito de nos expressarmos.

O que é o certo? O que é o errado?

Cada um tem suas convicções, e não acho ruim que tenhamos nossas preferências e divergências. Acho mais do que justo podermos expô-las e discuti-las. Só que hoje em dia está difícil. Não podemos mais ter divergências, pois a imprensa ou seja lá quem for, não quer, entende que seja desrespeito. Será?

Então vamos lá: eu sou obrigado a gostar de tudo que existe no mundo, não posso opinar em mais nada, não posso criticar mais nada? Censura?

Estou cansado de ouvir aquele velho papo: " Ah... mesmo que você não goste tem que falar que gosta, pra não pegar mal... "

Ah sim, entendi, temos que ser hipócritas. Óbvio que é isso.

Todos convivemos com diversas coisas que não gostamos, a vida é assim. Eu, particularmente, convivo com muitas, porém jamais faltei com respeito a alguma delas.

Enfim, o que as pessoas têm que entender, é que "não gostar", não é sinônimo de "não respeitar", a não ser que os fatídicos Anos de Chumbo tenham voltado e eu ainda não tenha sido avisado.

Radicalismo tem dois lados. O esquerdo e o direito. O centro, é pra quem gosta de muro. Logo, o negócio é admitir que essa conversa da moderação, do tapinha nas costas, é que forma essa situação de intolerância. Enquanto tratarem os argumentos radicais alheios, com um radicalismo travestido de bom mocismo, essa discussão será eterna. Proponho que sejamos nós, sem falsas convencionalidades.

E o bom samba vai permanecer.

A conversa fiada e o que não presta, vai ter o destino que a história quiser que tenha. Mas, dessa luta, jamais vamos nos ausentar!

Amanhã tem samba e São Pedro já confirmou que não chove.

O Allan já está no Rio e mandou avisar que amanhã o coro vai comer.

Abraço a todos, sem exceção!!!!!!!

sábado, 4 de outubro de 2008

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Aviso!

Dia 16 de outubro faremos um show no Teatro Popular de Niterói com participação da grande Cristina Buarque.

Anotem aí: cai numa quinta-feira e começa às 20:00 horas.

Ah... e é pertinho da estação das barcas.

Em breve mais informações e mais levas.

Abraços ao Allan e a todos!

sábado, 27 de setembro de 2008

É Hoje!

Ouvidores de plantão, é hoje! A partir das 14:00h o samba começa. Não vai chover.

A gente se vê lá!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

MIstério? Por Renato Martins.

Estava pensando em escrever algo sobre o filme " O mistério do Samba ". Para ser sincero, não gostei, por motivos particulares. Eis que entro às 3 da madruga, depois de mais uma noite inteira ao lado do meu inseparável amigo Allan, acesso o blog do Terreiro Grande e dou de cara com um magnífico texto de outro grande amigo: Renato Martins.

Me identifiquei tanto com a crítica, literalmente falando, que tomei a liberdade de publicá-la por aqui também. - Alô parceirinho, sou teu fã número um!

vai o texto:

" Esse é o mistério do samba?

Não pretendo entrar no mérito do filme, nem sobre sua qualidade técnica ou nada disso. Mas, sobre o título do filme, que nos levanta questões relevantes.
Em entrevistas sobre o documentário, seus autores e a cantora Marisa Monte, muito falaram sobre a idéia do filme e as questões que ele trazia à tona. Uma delas, o título do filme, chamou-me a atenção. "O Mistério do Samba". Eis o que diz a cantora Marisa Monte, com relação a isso:

"A gente não quis fazer algo muito biográfico, queríamos mostrar como os sambas "brotam" desses sambistas que têm um cotidiano cheio de valores fortes, e às vezes muito duro. Como aquilo se transforma em música altamente sofisticada, mesmo eles não sendo músicos profissionais? Esse é um dos mistérios do samba", disse Marisa.

O samba tem uma porção de mistérios. Muitos, de fato. Mas, acredito que esse não seja um deles. Por que é um mistério que sambas geniais, magníficos, obras espetaculares e personagens incríveis, nasçam de cotidianos "às vezes muito duro"? Qual é o mistério aí? A sofisticação, quando vinda dessa gente pobre, analfabeta, muitas vezes, sem a tal "cultura" formal acadêmica, é mistério por que? Mistério pra quem? Desde quando se mede sofisticação, pelo grau de intelectualidade ou pela especialização musical? Desde quando a música, pra ser sincera, boa, sofisticada, precisa disso? Ou seja, o mistério é: como essa gente pobre, de vida difícil, consegue fazer músicas sofisticadas? É isso o que o filme pretende mostrar. E isso é uma pena.

Penso que essa argumentação, esse pensamento, é preconceituoso e simplista demais. Como aquele cara que diz: "Ah, o Cartola é um gênio, e se pensar que ele é semi-analfabeto, então... nossa!" Como se isso, o diploma acadêmico, ou a quantidade de livros lidos, respondessem às questões todas da vida, que todo ser-humano é capaz de pensar e falar sobre, sendo ele letrado ou não. Balela! Preconceito puro! E como se o Cartola, ou o Chico Santana, ou o Alvaiade, ou qualquer outro gênio, misteriosamente tornou-se gênio num passe de mágica. Um dia, pintando parede, ou lavando um carro, pronto, nasceu o "Hino da Portela". Isso é mais que preconceito. Isso é diminuir o valor da obra e do autor, e todo o trabalho que ele teve pra fazer algo bonito, sofisticado. Não foi por acaso que o Villa Lobos não fez nenhum samba de terreiro, assim como não foi por acaso que o Paulo da Portela não escreveu nenhum concerto para orquestra. Discordo radicalmente dessa opinião simplista. Me recuso a aceitar que o mistério do samba seja esse. Não é esse. Nem ninguém sabe qual é.
O que eu sei, é que esse jeito europeu, medieval, de pensar, já tá mais que na hora de mudar.

E afinal, que diabos é sofisticação musical?

Abração! "

Perfeito Reninha, perfeito...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

11ª Leva

Amigos ouvidores, segue abaixo a 11ª leva. Essa leva terá novidades. Além dos sambas já cantados na Ouvidor, colocaremos também as brasas que estão por vir.

Aí vai:

01. Mania de falecida (Ataulfo Alves, Wilson Batista) - Disco:78 rpm, 1939 - Canta: Ciro Monteiro
02. Cala a boca etelvina (Antônio Almeida, Wilson Batista) - Disco:78 rpm, 1950 - Canta: Jorge Veiga
03. Samba na Praça Onze (Antônio Fontes Soares) - Disco: Jamelão - Escolas de Samba (1957) - Canta: Jamelão

O que vem por aí...

04. Se o Samba Morrer (Bide, Valfrido Silva) - Disco:78 rpm, 1934 - Canta: Carlos Galhardo
05. Portela Você Me Trouxe a Paz (César Saraiva, Manacéa) - Disco: 1° Botequim - Os Partideiros (1977) - Canta: Jacyr da Portela

É só mandar brasa.

Baixe Aqui!

PS: Prestem atenção no samba do Manacéa. Coisa linda demais. Quem o descobriu foi nosso amigo Ceará. Brasa puríssima.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

E amanhã...

Às 14 horas começamos a tocar, meio dia a beber e lá para às 5 da madruga começamos a pensar em parar.

Compareçam todos, e em volta da roda, cantando bem alto para o SAMBA.

Até amanhã!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Considerações

Sobre o Terreiro Grande:

lembro-me de um determinado momento, na roda de sábado em Paquetá, em que meu querido Brigante vira-se com os olhos rasos d'água, assim como os meus, e diz: " Cara, é difícil conter o choro vendo isso tudo (...) "

Você tem toda razão, Brigante, é impossível conter a emoção vendo o Terreiro Grande, vendo o amor e o respeito que todos ali têm pelo samba. Fico pensando como seria se nossos grandes ídolos estivessem vivos. Tenho certeza de que ficariam muito felizes vendo suas músicas, até então desconhecidas, cantadas por todos. Impressionante como o público em volta da roda cantava tudo: Manacéa, Noel Rosa de Oliveira, Silas, Zé Ramos...


Tenho certeza de que estamos vivendo uma linda história e que isso vai se estender por muitos outros " terreiros " por aí. Acho que agora, sim, as pessoas estão percebendo o outro lado da coisa, entendendo o espírito de tudo.

Seria a revolução, tão sonhada por todos nós, principalmente pelo coração do nosso amigo revolucionário Renato Martins?

Sobre o Projeto Cirrose:


acho que levamos muito a sério esse negócio de Projeto Cirrose. Sábado, por exemplo, começamos às 11 da manhã e só fomos dar um intervalinho às 5 da manhã de domingo. O intervalo acabou quando encontro meu amigo Roberto Didio, insatisfeito com o café da manhã oferecido pelo hotel em que estávamos hospedados. E logo ele me propõe: " Gabriel, vamos ver se na padaria ali ao lado tem um sanduba de mortadela, ou algo parecido? "

Aceitei na hora. Pra quê? Não tinha o que queríamos comer, e tivemos que nos alimentar de cevada mesmo. Careca e Alemão já estavam por lá com a Brahma na mesa.

Cabeça e Luizinho foram vistos empurrando um pedalinho para o mar na intenção de um passeio às 5:30. Resultado: o pedalinho emperrou e os dois tiveram que voltar à praia nadando nas duvidosas águas de Paquetá.

Nossas palestras foram um fracasso. O público até que apareceu, mas os palestrantes não saíam do Bar do Paulão por nada.

Enfim, mais um final de semana histórico fechado com chave de ouro no Trapiche, onde encerramos as atividades do Primeiro Encontro Nacional do nosso Projeto. Sábado, a próxima edição lá na Rua do Ouvidor. São Pedro vai permitir.

Abraços!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Décima Leva - Terreiro Grande


Ouvidores de plantão, preparem o fígado e o coração. No próximo fim de semana o Terreiro Grande visitará o Rio de Janeiro mais uma vez. No sábado, modificaremos a vida pacata da pequena Ilha de Paquetá. No domingo, o Trapiche mais uma vez abre as portas.

Pra quem ainda não ouviu, segue uma prévia do que rolou em Novembro passado no Bar do glorioso Paulão em Paquetá. Grande bebum e figura ilustre da Ilha.

Pra rapaziada que quiser baixar aí vai o link:


01-Maria das Cinco Horas (Chatim/ Josias e Pernambuco)
02-Samba pro Concurso (Geraldo Pereira/ Moreira da Silva)
03-O vestido que eu dei (Pedro Caetano/ Alcir Pires Vermelho)
04-Senhor Comissário (Benedito Lacerda/ Haroldo Lobo)
05–Desperta Dodô Herivelto Martins/ Heitor dos prazeres)
06–Coração Ordena(Alvaiade/Paquito)
07-Falam de Mim (Caxine/ Noel Rosa de Oliveira e Aníbal Silva)
08–Retumbante vitória (Monarco)
09–Império desce (Geraldo Barbosa/ Amauri de Oliveira e Mano Décio)
10–Conselho Demais (Mano Décio/Molequinho e Elaine Assunção)
11–Meu primeiro amor (Bide e Marçal)
12–Rádio Patrulha (Silas de Oliveira/Marcelino Ramos e José Dias)
13–Feliz eu vivo no Morro (Chatim/ Josias e Pernambuco)
14–Quando Xangô pegar o apito (Nelson Sargento/ Marreta)
15–Tudo terminou (Zagaia)

Como o arquivo é grande pode haver quem não queira baixar. Então escute a brasa aqui
mesmo!


A gente se vê sábado em Paquetá na Primeira Convenção Nacional do Projeto Cirrose.

Um abraço!

PS: Obrigado a rapaziada do Terreiro Grande por ceder esse arquivo pra gente disponibilizar aqui.

sábado, 30 de agosto de 2008

Samba cancelado...

Caros amigos, em decorrência do tempo, nossa roda foi cancelada. Uma pena...

Dia 13 faremos normalmente.

Em breve mais informações.

Abraços!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Nona leva e esclarecimentos.

Caros amigos, em primeiro pedimos desculpas pela demora. É que eu e Brigante ficamos essa semana inteira resolvendo as questões burocráticas do Primeiro Encontro Nacional do Projeto Cirrose. Vocês não sabem, mas está muito complicado tudo isso, principalmente por causa da guerra entre os possíveis patrocinadores. A ENO tinha quase fechado conosco, mas aí veio a ENGOV e fez uma oferta melhor, até chegar a EPOCLER e melhorar ainda mais a proposta. Isso sem contar que a PEPSAMAR e a SONRISAL também estavam na briga.

Mas enfim, vamos ao que interessa. NONA LEVA!

1 - Boêmio fracassado ( Hélio Cabral ) Disco: Mangueira - Sambas de Terreiro e Outros Sambas ( 1999 ) Canta: Tantinho da Mangueira
2 - Meu bairro canta ( Waldemar Ressurreição ) Disco: 78 RPM Lado B ( 1950 ) Gravadora RCA Victor - Canta: Quarteto Ases e Um Coringa
3 - Só Deus ( Walter Rosa - Jorginho Pessanha ) Disco: Martinho e convidados - Nem todo criolo é doido - Canta: Anália
4 - Vem pra Portela ( Candeia ) Canta: Candeia com Cristina Buarque
5 - Vinte e cinco anos ( Wilson Batista - Cristóvão de Alencar ) Disco: 78 RPM Lado A ( 1940 ) Gravadora Odeon - Canta: Newton Teixeira

Baixe aqui!

PS 1.: Só Deus é mais uma linda música de Walter Rosa, dessa vez ao lado de Jorginho Pessanha e interpretada pela Anália, que já foi mulher do Martinho.

PS2.: Vem pra Portela, foi gravado, se eu não me engano, na casa do próprio Candeia. É uma gravação caseira que nossa grande Cristina Buarque nos cedeu gentilmente. .

PS 3.: Nesse sábado haverá o lançamento do livro Botequim de Bêbado Tem Dono, de Moacyr Luz. Acontecerá ao meio dia.

E às 14:00, a última etapa do projeto mais falado no Brasil ultimamente, o Projeto Cirrose, antes do Primeiro Encontro Nacional semana que vem em Paquetá ao som do emocionante Terreiro Grande. Em breve divulgaremos as programações na Ilha, mas posso adiantar que terão palestras seguidas de debates, dicas de como ficar calminho bebendo o Maracujá e até uma inusitada caminhada, entre outros.

Em breve.

Abraços!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Escola de Samba Portela - 1959

Certo dia desses fuçando no excelente site Memória Musical nos deparamos com uma bomba: Escola de Samba Portela – 1959 – Gravadora FESTA. Na hora pensamos, 1959? Não é possível... Liga pra um, fala com outro e todos tinham a mesma reação

“Que isso cara, Portela 1959?”. É, Portela 1959... Que brasa!!

Achamos que esse deve ser o disco mais difícil de se encontrar do samba. Até agora todas nossas investidas através desse tesouro foram em vão. Uns já ouviram falar, alguns dizem que já o tiveram nas mãos, mas a verdade é que até agora nunca vimos essa pérola em “vinil e osso”. Outro dia, no lançamento do disco O Samba Informal de Mauro Duarte lá na Praça Mauro Duarte em Botafogo encontramos com o Paulo César de Andrade, um dos responsáveis pelo Memória Musical e perguntamos pra ele sobre o disco. A revelação dele nos deixou tenso. Ele disse que todo o acervo contido no site é baseado em discos editados, o que, segundo ele, não significa que os mesmos foram lançados. Bom, seguimos na busca. Espalhem por aí, quem sabe alguém não encontra o “santo graal” do samba. Só não esqueça da gente se encontrar...rs!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Samba da Ouvidor no Democráticos amanhã

Opa rapaziada, vai aí uma dica para o fim de semana:

Nessa sexta-feira dia 22 faremos uma edição especial de nossa roda no Democráticos com participação do grande Alfredo Del-Penho.

INGRESSOS: R$ 15,00 (estudantes)
R$ 20,00 (para os 300 primeiros)
R$ 12,00 (com filipeta até 23:30 hs)
R$ 30,00 (inteira)

Ingresso promocional em: http://www.sementedamusicabrasileira.com.br/

CLUBE DOS DEMOCRÁTICOS - Rua do Riachuelo, 91 – Lapa
INFO: 9781-2451 - sementedamusicabrasileira@yahoo.com.br

Esperamos por todos!

Para quem pensou que o " Projeto Cirrose " ficaria parado nesse fim de semana, aí está a dica.

Abraços!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mais sobre o Nobreza do Samba

Que iniciativa louvável. É bonito ver o engajamento desses três sujeitos. Nós, que tanto lutamos pelo samba, buscando sempre colocá-lo onde realmente ele merece, ficamos felizes com um tipo de atitude dessas. E digo, não só por ser amigo inseparável dos três, digo porque realmente sei da luta que travamos diariamente.

O trio vive como poucos o samba. Esse blog é o resultado e a constatação de uma vida vivida para a cultura. Por conviver com eles, vejo diariamente o trabalho que os caras têm, indo a sebos, bancas, barraquinhas, enfim, garimpando tudo que existe pela frente. Até em loja de material de construção eu já vi o louco do Ceará procurando discos. Esse material não caiu de mão beijada para eles.

Espero que os freqüentadores do Blog percebam isso e saibam o quanto pode ser importante para nosso País.

Vida longa ao RAfael, ao Brigante e ao Ceará!

Abraços!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Novo Blog - Nobreza do Samba

Amigos, inauguramos um novo blog de samba - Nobreza do Samba . Eu (Brigante), Daniel Ceará e Rafael iremos disponibilizar algumas raridades (discos completos).

Não sei se alguns de vocês sabem, mas estamos há anos mergulhados no fascinate universo do samba. Vivemos em uma busca incansável por novas (ou seriam antigas!) descobertas. Seja num sebo, seja num vendedor ambulante na rua, seja com um amigo, seja na internet, nosso dia-dia nos últimos 10 anos foi buscar e reunir discos que estavam por aí esquecidos e empoeirados em algum canto. Depois de muito pensarmos, decidimos que chegou a hora de democratizar o acesso a esse acervo a quem se interessar. Achamos que a melhor maneira de fazer isso seria através de um blog. Começamos esse trabalho na Comunidade Nobreza do Samba no Orkut e agora continuaremos por lá! Vamos contar com o auxílio luxuoso do camarada Renato Martins. Espero que vocês nos ajudem também colaborando com informações, discos e pedidos.

Sejam Bem-vindos! Um abraço, Ricardo Brigante, Daniel Ceará e Rafael Fontes

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Oitava leva!!

Depois da justíssima homenagem feita à grande e incansável Cristina Buarque, chegou a minha vez de homenagear alguém.

Sem pensar duas vezes escolho Brigante ( o do tamborim ).

Brigante, como é chamado pelos amigos, é outro incansável na luta pelo reconhecimento do verdadeiro samba. Não é músico, nem produtor e nem depende do samba para viver, mas é um apaixonado pela cultura, sempre disposto a somar e a ajudar. Não vou me estender muito, só gostaria de lembrar que aprendi muito com o malandro. Obrigado pelos discos, músicas, esporros, noites em claro cantando e tomando umas e outras... Ps.: desculpe-me pelo absurdo que fiz você cometer naquela noite em que forcei você a pedir 70 ( setenta ) esfihas para nosso lanchinho. Tudo bem que tinha mais uns três com fome, mas 70 foi demais.

E agora, nada mais justo que disponibilizar para todos, músicas que aprendi com meu cumpadre Brigante.
1 - Recordação ( Dom Carlos-W. Freitas-Mestre Fuleiro ) Disco: Império Serrano - Samba do morro e do asfalto ( 1961 )
2 - Retumbante vitória ( Monarco ) Disco: Esola de Samba Portela ( 1965 )
3 - Vem Helena ( Iracy Serra-Noel Rosa de Oliveira ) Disco : A voz do samba ( 1969 )
4 - Adeus orgia ( Djalma Esteves - Felisberto Martins ) Disco: 78 RPM Lado B ( 1939 ) Gravadora ODEON
5 - Linda Iaiá ( Ernani Alvarenga - Jardel Noronha ) Disco 78 RPM Lado A ( 1940 ) Gravadora Victor

Baixe aqui!

Sábado mais uma etapa do " Projeto Cirrose "!

Até!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Sétima Leva - Critina Buarque


Essa leva é uma homenagem do Samba da Ouvidor a grande Cristina Buarque. Vou pegar umas palavras emprestadas do meu amigo Renato Martins sobre a Chefia! Com licença Bom Rapaz.

A delicadeza
Essa voz me remete ao sentimento mais puro. Quando a ouço cantar, as palavras embargadas, sinto a presença do samba em sua plenitude. Não há, hoje, talvez não haverá nunca mais, algo parecido com isso. A Cristina carrega uma particularidade imperceptível aos insensíveis, uma doçura praticamente impraticável nos dias de hoje, generosidade digna da grandeza de sua voz. É a delicadeza em doses industriais...
(Renato Martins)

Aí vai...

01-Sou Eu Que Dou as Ordens (Heitor dos Prazeres) - Disco: Prato e Faca (1974)
02-Muito Embora Abandonado (Mijinha/Chico Santana) - Disco: Arrebém (1978)
03-Amor Proibido (Manacéa); Eu Perdi Você (Aniceto da Portela); Adeus, Eu Vou Partir(Mijinha/Chico Santana) - Disco: Resgate (1994)
04-Carioca Da Gema (Mauro Duarte/Paulo César Pinheiro) - Disco: Resgate (1994)
05-Ganha-se Pouco, Mas É Divertido (Wilson Batista/Ciro de Souza) - Disco:Ganha-se Pouco, Mas É Divertido (2000)

Baixe Aqui!

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Partideiros reunidos: é pau, couro e só! - Por Renato Martins

Há uns dois meses atrás, mais ou menos, tivemos o privilégio de receber de presente do grande Simas um lindo texto falando sobre a nossa Rua do Ouvidor.

Hoje quem nos dá esse prazer é nosso grande amigo Renato Martins. Se eu chamá-lo de músico, talvez ele não goste, porém vale lembrar que ele toca no Terreiro Grande. Um cara super talentoso e cuidadoso, compositor raro e bebum de primeira.

Aí vai o texto:

" Partideiros reunidos: é pau, couro e só!

“Partido alto é coisa séria!”, já dizia o mestre Aniceto. Ele dizia, lembrando-se dos seus tempos de garoto, em que ele não podia se aproximar da roda dos partideiros sem levar um puxão na orelha e uns bons safanões: “Isso não é coisa pra você, garoto. Vai brincar, vai...” A curiosidade então era cada vez mais aguçada, por conta de tanto mistério. Maior ainda era o respeito. Não pode, não pode. Mas, não tardou até que ele saísse de trás da porta para o centro da roda. Logo, seu talento tornou-se inquestionável perante os bambas que ele mais respeitava. Aniceto então saiu dos cueiros, direto para a imortalidade. Foi o maior de todos os tempos na opinião dos seus rivais diretos e de seus amigos mais orgulhosos.
O partido alto é uma vertente do samba praticamente extinta. Se formos pensar como Aniceto pensava, então o partido alto já se extinguiu faz tempo. Uma das características do partideiro, era a de inventar os refrões na hora, não só os versos. E isso, certamente, ninguém hoje em dia faz. Ainda existem diversas formas de partido alto, cada uma com a sua particularidade. E isso também está cada vez mais raro. E se formos pensar na dança do partido alto, bem, aí é melhor nem começar. A dança frenética das escolas de samba, roubou as características singulares de cada passo do partido. Hoje, amoladinho e corta-jaca, são uma coisa só. Aliás, qualquer passo de samba, é uma coisa só. Parece até que todo mundo fez aula com o mesmo professor. O samba ganhou as academias também. Vejam, só! O importante é que ta todo mundo sambando, não é?
Mas o que é que aconteceu com a figura do partideiro, essa figura que, no mundo do samba é a mais completa, porque sabe versar, além de sambar e compor em outras linhas? E não é todo sambista que versa. Mas todo partideiro, samba.
Mas tem gente mandando a bronca pelas rodas de partido, eu sei que tem. Gente preocupada em resgatar aquele espírito nada ingênuo que se tinha antigamente, e mais que isso, gente empenhada em renovar sem deturpar o que os velhos mestres nos legaram. Fico na torcida para que apareçam novos partideiros, novos versadores, novos criadores desse gênero tão especial que está tão em baixa.
Oxalá!

Abração! "

E pra quem pensa que acabou, é só clicar AQUI para baixar o partido " Inteligência " do grande Aniceto, que está no disco Olé do Partido Alto. Volume 2

"Inteligência" é o samba de Aniceto que mais demonstrou sua genialidade. Esse gênero, por ele criado, era que ele chamava de partido de pergunta e resposta. Ou seja, participação direta das pessoas que rodeiam a roda. Não há indícios de que outro partideiro tenha feito isso, com tamanha criatividade.

É isso aí, espero que gostem.

Abraço a todos!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Imperdível

CRISTINA E TERREIRO GRANDE

Aos ouvidores de plantão aí vai uma dica imperdível. Projeto Cirrose puro e simples!
Cristina Buarque e Terreiro Grande estarão na área em Setembro. Aí vão as informações.

Rio de Janeiro
Dia 6 de setembro, sábado, às 16h00 no Clube Municipal de Paquetá - ( R$ 5,00 )
Dia 7 de setembro, domingo, às 17h00 no Trapiche Gamboa Rua Sacadura Cabral - 155 - Praça Mauá - ( R$ 18,00 )

São Paulo
Dia 20 de setembro, sábado, às 21h00 no SESC Pinheiros - ( R$ 15,00/ R$ 7, 50 )

Dessa vez eu não escapo. Meu fígado vai me processar com certeza...
Divulguem!
Abração!!!

sábado, 2 de agosto de 2008

Hoje é dia!

Daqui a pouco mais uma edição de nossa Roda.

Quem estiver envolvido , como eu, no " Projeto Cirrose ", chegue cedo para a abertura dos trabalhos.

Até já!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Sexta Leva

Amigos, seguimos firme e forte com as "levas" para download. Dessa vez vou colocar Portela e Mangueira no mesmo time. Coloquei dois sambas do grande sambista mangueirense Carlos Cachaça e mais três sambas do histórico disco A Vitoriosa Escola de Samba da Portela de 1957.

Aí vai...

01-As Flores e os Espinhos (Carlos Cachaça) - Disco: Série Ídolos MPB Nº21 (1976)
02-Cabrocha (Carlos Cachaça) - Disco: Série Ídolos MPB Nº21 (1976)
03-Banalidade (J. Barbosa / Ventura) - Disco: A Vitoriosa Escola de Samba da Portela (1957)
04-Minha Vontade (Chatim) - Disco: A Vitoriosa Escola de Samba da Portela (1957)
05-Minha Querida (Manacéa) - Disco: A Vitoriosa Escola de Samba da Portela (1957)

Baixe Aqui!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Samba da Ouvidor no Trapiche


Nesse domingo, mais uma vez o Samba da Ouvidor se muda para o Trapiche Gamboa onde receberá o cantor Pedro Paulo Malta. Pedro Paulo sempre esteve envolvido em projetos pautados pela criteriosa escolha de repertório. Como por exemplo, os shows O Samba é Minha Nobreza, Lembranças Cariocas e Sassaricando.

Em parceira com Alfredo Del Penho ele idealizou dois excelentes discos:

[1] Dois Bicudos (2004), um disco primoroso, com produção de Maurício Carrilho e Luciana Rabello que contém sambas até então inéditos como Entre A Cruz E A Espada (Nelson Cavaquinho) e o samba que dá nome ao disco, Dois Bicudos (Cartola e Aloísio Dias).
e
[2] Cachaça dá Samba (2007), um disco temático onde todas as músicas remetem a mais tradicional das bebidas brasileiras.

Os trabalhos começam às 19:00h, no Trapiche Gamboa.
Rua Sacadura Cabral - 155

Praça Mauá - RJ
Tel: 2516-0868

É o Projeto Cirrose mais vivo do que nunca!!!

Quinta Leva

Estamos de volta!

Para nos redimirmos com os leitores do Blog por essa semana sem movimentos por aqui, disponibilizarei a " Quinta Leva ". Nessa leva teremos algumas surpresas, dentre elas, duas músicas totalmente desconhecidas de Nelson Cavaquinho e Silas de Oliveira.

1 - Tororó ( Nelson Cavaquinho ) Terreiro Grande
2 - Me leva ( Silas de Oliveira ) Disco: Alguém me disse ( 1960 ) Gravadora Odeon. Canta: Anísio Silva
3 - Não dou perdão ( Casquinha ) Disco: Escola de Samba Portela ( 1965 ) Gravadora Musidisc. Canta: Casquinha
4 - Portela Maravilhosa ( Joãozinho da Pecadora ) Disco: Escola de Samba Portela ( 1971 ) Canta: Joãozinho da Pecadora
5 - Sofro demais ( Bala - Juca ) Disco: Ala dos compositores -Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro ( 1965 ) Gravadora: Musidisc. Canta: Carlinhos

Curiosidades:

1 - A gravação da música Tororó, de Nelson Antônio da Silva, é uma gravação de um show da rapaziada do Terreiro Grande com a Cristina Buarque no Teatro FECAP ( São Paulo - 2007 ).

2 - A música Me leva de Silas de Oliveira foi feita para uma filha sua que morreu. Muitos dizem
que era a sua música preferida. Outro fato curioso, é que essa música foi gravada sete vezes pelo Anísio Silva.

Baixe aqui

Amanhã o Brigante colocará informações sobre o nosso show de Domingo no Trapiche.

Grande abraço a todos!

domingo, 20 de julho de 2008

Considerações de uma tarde de sábado

O samba estava ótimo e tenho algumas considerações a fazer:

1 - A Lei Seca quis derrubar os músicos, mas graças à uma brecha da lei conseguimos contornar a situação.

2 - A rapaziada está entrando no blog, baixando as músicas e aprendendo, visto a grande quantidade de pessoas cantando em volta da roda.

3 - Como já era esperado, a garrafa de Red Label oferecida pelo nosso amigo Dalton, deu a maior merda... rsrsrs

4 - Cada dia que passa ficamos mais loucos por Manacéa, Candeia, Aniceto da Portela, Silas de Oliveira, Caninha, Anescar, Noel Rosa de Oliveira, Noel de Medeiros Rosa, Alvaiade, Zé Ramos, Cabo Laurindo, Zizica, Conceição...

5 - Não vejo a hora de chegar dia 2 de agosto, sentarmos à mesa novamente, e iniciarmos mais um " Samba da Ouvidor "

6 - " Bebida, mulher, orgia: é a lei do vagabundo (...) "

7 - Estamos muito felizes por tudo que está acontecendo.

Abraços!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Amanhã...

Às 14 horas começamos a roda. Sambas, cachaças, Serramalte, conhaques...

Ouvi falar até que nosso amigo Dalton, presença certa em todas as rodas, comemorará 24 anos de casado por lá, e já reservou uma caixa de Red Label para a data.

Ae Dalton, cuidado para o Júnior não ver a garrafa, caso contrário... rsrs

Então é isso, quem quiser chegue cedo para almoçar e forrar o estômago, pois amanhã promete ser mais um dia para o tão famoso " Projeto Cirrose ".

Ps.: muita gente se pergunta se o Carlinhos do Antigamente, português inveterado, realmente é Flamenguista, como sempre falo na roda. Apesar dele negar até a morte, consegui nos últimos dias uma foto que comprova o que venho falando há tempos:

Até amanhã! Abraços!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Quarta Leva

Pegando a deixa do meu cumpadre Gabriel aí vai a quarta leva de sambas.

Vou disponibilizar para os ouvidores de plantão as três confraternizações do grande Walter Rosa. Esses sambas têm uma história muito engraçada. Meu camarada Renato Martins escreveu um post sobre isso lá no blog do Terreiro Grande. Leia aqui

01-Confraternização nº1 (Walter Rosa) - Disco: História das escolas de samba Vol. 3
02-Confraternização nº2 (Walter Rosa) - Disco: História das escolas de samba Vol. 3
03-Confraternização nº3 (Walter Rosa) - Disco: História das escolas de samba Vol. 3

Vou colocar aqui também um pot-pourri da genial dupla do Estácio Alcebíades Barcelos e Armando Marçal do disco Mestre Marçal interpreta Bide & Marçal (1978)

04-Sorrir (Bide e Marçal)
Louca pela Boemia (Bide e Marçal)
Nunca Mais (Bide e Marçal)
Meu Sofrer (Bide e Marçal)

Vale lembrar que esses sambas de Bide e Marçal são sempre cantados no Samba da Ouvidor pelo nosso camarada Anderson Balbueno, o gaúcho mais carioca que eu conheço. Anderson também toca no grupo Entre Umas e Outras com Leonardo Pereira (cavaquinho e voz), Luís Barcelos (bandolim) e Rafael Mallmith (violão 7 cordas). Pra quem quiser conhecer visite o MySpace da rapaziada.

Baixe Aqui!

A gente se vê no Sábado!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Machado de Assis e a Rua do Ouvidor


Como vocês sabem, esse blog não fala só de samba, mas também do Rio antigo. Seguindo esta linha, vou transcrever aqui pra vocês um texto muito bonito disponibilizado pelo ouvidor Ulisses Adirt. Na verdade, é um trecho de um texto do Machado de Assis em que ele fala da Rua do Ouvidor retirado da crônica “Tempo de crise”, publicada no Jornal das Famílias, em abril de 1873. Aí vai...


“– Não; fiquemos um pouco à porta; quero conhecer esta rua de que tanto se fala.
– Com razão, respondeu o C...

Dizem de Shakespeare que, se a humanidade perecesse, ele só poderia recompô-la, pois que não deixou intacta uma fibra sequer do coração humano. Aplico el cuento. A rua do Ouvidor resume o Rio de Janeiro. A certas horas do dia, pode a fúria celeste destruir a cidade; se conservar a rua do Ouvidor, conserva Noé, a família e o mais. Uma cidade é um corpo de pedra com um rosto. O rosto da cidade fluminense é esta rua, rosto eloqüente que exprime todos os sentimentos e todas as idéias...
– Contínua, meu Virgilio.
– Pois vai ouvindo, meu Dante.

Queres ver a elegância fluminense? Aqui acharás a flor da sociedade, as senhoras que vêm escolher jóias ao Valais ou sedas à Notre Dame, os rapazes que vêm conversar de teatros, de salões, de modas e de mulheres.

Queres saber da política? Aqui saberás das notícias mais frescas, das evoluções próximas, dos acontecimentos prováveis; aqui verás o deputado atual com o deputado que foi, o ministro defunto e às vezes o ministro vivo. Vês aquele sujeito? É um homem de letras. Deste lado, vem um dos primeiros negociantes da praça.

Queres saber do estado do câmbio? Vai ali ao Jornal do Comércio, que é o Times de cá. Muita vez encontrarás um cupê à porta de uma loja de modas: é uma Ninon fluminense. Vês um sujeito ao pé dela, dentro da loja, dizendo um galanteio? Pode ser um diplomata. Dirás que eu só menciono a sociedade mais ou menos elegante? Não; o operário pára aqui também para ter o prazer de contemplar durante minutos uma destas vidraças rutilantes de riqueza, – porquanto, meu caro amigo, a riqueza tem isto de bom consigo, é que a simples vista consola.

Saiu-me o C... tamanho filósofo que me espantou. Ao mesmo tempo agradeci ao céu tão precioso encontro. Para um provinciano, que não conhece bem a capital, é uma felicidade encontrar um cicerone inteligente.”

Ulisses, muito obrigado por sua colaboração.

Amanhã coloco a 4ª leva de sambas!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Terceira leva

Conforme prometido, estarei hoje disponibilizando mais cinco músicas que cantamos em nossa roda. As outras cinco da semana deixo pro Brigante, esta pessoa maravilhosa, incansável sambista e conhecedor de nossa cultura.

Antes gostaria de falar uma coisa:

A nossa roda é para o samba, não temos fins lucrativos, o único dinheiro que ganhamos é o do Táxi, e como eu não ando de Táxi o trocado fica para a cana mesmo. rsrs

A nossa única intenção é cantar sambas que não se cantam por aí, apresentá-los ao público e fazer com que o interesse por esse tipo de música seja despertado. Essas jóias não podem cair no esquecimento.

Espero que a rapazeada esteja afiada para poder cantar conosco nesse sábado. Aí vai a tão esperada terceira leva.

1 - Samba pro concurso ( Geraldo Pereira - Moreira da Silva ) Disco: 78 Rpm, Lado A ( 1943 ) - Gravadora Odeon. Canta: Moreira da Silva
2 - Rádio Patrulha ( Silas de Oliveira - Marcelino Ramos - Luizinho - J. Dias ) Disco: 78 Rpm, Lado A ( 1956 ) Gravadora Copacabana. Canta: Heleninha Costa
3 - Deixa-me partir ( Bide e Marçal ) Disco: 78 Rpm, Lado A ( 1946 ) Gravadora Continental. Canta: Déo ( O Ditador de Sucessos )
4 - A Vila não morreu ( Aldacir Louro - Anísio Bichara - Color ) Disco: 78 Rpm, Lado B ( 1952 ) Gravadora RCA Victor. Canta: Gilberto Alves
5 - Conselho demais ( Dom Carlos - Elaine Assumpção - Mulequinho ) Disco: Império Serrano - Samba do morro e do asfalto ( 1961 )

Baixe aqui

Ae Brigante, a outra leva da semana é contigo meu cumpadre!

Até sábado!

Abraço a todos! Amigos, amigas, irmãos, anônimos...

domingo, 13 de julho de 2008

Como Baixar!

Como tem muita gente com dúvidas sobre como baixar os arquivos disponibilizados, aí vai um pequeno tutorial.

Todos as arquivos que serão disponibilizados aqui estarão hospedados no Rapdishare ou Mediafire. Para facilitar, sempre "compactamos" os arquivos em softwares próprios para isso, são eles:

[1]WinZip -
Baixe Aqui ou
[2]Winrar - Baixe Aqui

Para Baixar no Rapidshare
1-Clique em FREE USER
2-Espere a contagem regressiva (Still ... seconds)
3-Clique em no botão azul Download
4-Salve a arquivo onde desejar
5-Descompacte o arquivo usando o WinRar (para arquivos com extensão *.RAR) ou WinZip (para arquivos com extensão *.ZIP)

Para Baixar no Mediafire
1-Espere enquanto o Mediafire carrega o arquivo
2-Clique em "Click here to start download..."
3-Salve a arquivo onde desejar
4-Descompacte o arquivo usando o WinRar (para arquivos com extensão *.RAR) ou WinZip (para arquivos com extensão *.ZIP)

Espero que agora não haja mais dúvidas!

40 Anos de Samba de Mangueira


Bom, não é o propósito do blog disponibilizar discos inteiros para download, pois já existem outros blogs fazendo muito bem esse trabalho. Entretanto, depois do post sobre o Partido-Alto, muita gente me perguntou sobre esse disco. Então decidi colocar esta brasa aqui para todos os ouvidores de plantão.

Aí vai!

Olha o Partido Aí! Gravado ao vivo nos 40 anos de samba de Mangueira.

01-Quem Mandou Duvidar (Jorge Zagaia e Padeirinho)
02-Mana Cadê Meu Boi (José Bezerra e Jorginho)
03-Não Vou a Pé (Miro e Padeirinho)
04-Coração em Festa (Xangô e Padeirinho)
05-Quando eu Vim de Minas (Xangô)
06-Eu Não Sou o que Ela Pensou (Jorginho e Setembrinho)
07-Vem Rompendo o Dia (Xangô)
08-Diretor de Harmonia (Jorge Zagaia e Padeirinho)
09-Quem É? (Aniceto)
10-O Namoro de Maria (Xangô e Aniceto)
11-Teve Que Voltar (Padeirinho)

Partideiros: Aniceto, Xangô, Padeirinho, Zagaia e Jorginho
Ritmistas: Jurandir, Jorginho, Birinha, Tião, Setembrinho, Rogério, Martinho
Pastoras: Dagmar, Neide, Rosileia, Lêda, Nair

Produzido por Norival Reis e Miro de Oliveira

Este disco é simplesmente genial. Reparem na peculiaridade da afinação dos instrumentos. Bom, já escrevi demais. Agora é baixar o disco e ouvir sem parar...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Onde e Quando!

Bom, como tem muita gente perguntando, aí vão algumas informações sobre o Samba da Ouvidor. Como o próprio nome já diz, o samba acontece na Rua do Ouvidor, em frente a livraria Folha Seca. O samba rola aos sábados de quinze em quinze dias. O próximo será no dia 19 de Julho. É bom chegar cedo, por volta das 13:30h. Lá pelas 20:00h o samba acaba!

Às quintas, rola um Happy Hour na esquina da Rua do Rosário com a Rua do Mercado no Casual Retrô. Não é o samba completo, mas sim um quarteto. Começa às 18 horas.

Para maiores detalhes visite a Agenda do Samba&Choro.

Esperamos todos por lá...

terça-feira, 8 de julho de 2008

A mais carioca das Ruas

Com apenas uma semana no ar, nosso Blog já ganhou o primeiro presente. Um presente de Luiz Antonio Simas, o famoso Simão.

Simas é um apaixonado pelo Rio, boêmio, sambista, suburbano,daqueles que só vai à Zona Sul em último caso, e também professor de História, aliás um excelente professor. Não é difícil esbarrar com um de seus alunos por aí. O último que esbarrei foi na própria "Desvio do Mar" nesse último sábado: " Porra o Simas foi sem dúvida o melhor professor que já tive (...)", dizia um ex-aluno empolgado ao vê-lo cantar " Os cinco Bailes da história do Rio ", lendário samba enredo do Império Serrano de autoria de Ivone Lara e Silas de Oliveira.

A pedido do Blog, o nosso querido Simão fez um texto sobre a Rua do nosso coração. Aí vai:

A mais carioca das ruas (Luiz Antonio Simas)

" Não há na cidade do Rio de Janeiro lugar que tenha mais histórias que a tradicionalíssima Rua do Ouvidor. No início dos tempos coloniais, a Ouvidor era conhecida como o Desvio do mar. Ao longo de sua história, recebeu várias denominações. Foi, por exemplo, Rua do Alex Manuel, do Manuel Costa, do Gadelha, do Barbalho, Salvador Correa, da Santa Cruz e Rua do Padre Homem da Costa.
Em meados do século XVIII, mais precisamente em 1745, a Fazenda Real comprou algumas casas na rua para que fossem residências dos Ouvidores. O primeiro Ouvidor foi Manuel Pena de Mesquita. O segundo Ouvidor, Francisco Berquó da Silva Pereira, tornou-se popularíssimo na região. Parece, inclusive, que era chegado numa cana forte. Bebia muito, o nosso funcionário real. Por causa dele a rua passou a ter a denominação que preserva até hoje.
Quando a corte portuguesa chegou ao Brasil e os portos foram abertos, em 1808, a velha rua adquiriu um novo status. Passou a ser, ao longo das décadas, a sede de confeitarias, cafés, redações de jornais, livrarias, casas de modas e casas de música. Era, enfim, a rua mais importante da cidade.
Em 1897 o governo tentou mudar o nome da rua para Coronel Moreira César, em homenagem ao militar falecido na guerra de Canudos. A população da cidade ignorou solenemente a mudança, continuou chamando a rua pelo nome tradicional e fez a prefeitura desistir da homenagem. Não combinava mesmo chamar a Ouvidor, reduto da fina flor da boemia carioca no século XIX, pelo nome do coronel – um sujeito violento pacas, diga-se de passagem, e nem um pouco chegado num furdunço.
Para quem gosta de música, é importante lembrar que na Rua do Ouvidor n. 107 funcionou a pioneira Casa Edson, especializada na venda de equipamentos de som e eletrodomésticos. Em um anexo da loja, no n. 105, Fred Figner fundou a primeira gravadora do Brasil, responsável por dar ao país no início do século XX o terceiro lugar no ranking mundial de fonogramas gravados. A nata da música brasileira de então – chorões, violonistas, cantores de modinhas, maxixes e polcas – vivia circulando pelos arredores da Casa Edson. Era na Ouvidor também que desfilavam as Grandes Sociedades Carnavalescas durante o tríduo de Momo.
A Ouvidor, enfim, concentrava boa parte das atividades culturais da cidade de São Sebastião. Foi assim até a abertura da Avenida Central – atual Rio Branco – quando vários estabelecimentos mudaram-se para a moderna avenida. A velha rua, entretanto, mesmo perdendo parte da importância que tinha, nunca perdeu o charme que a tornou lendária.
Hoje, cada vez mais revigorada e, felizmente, popular, a Ouvidor volta a ocupar um espaço primordial na vida cultural da cidade. Não bastasse sediar a Folha Seca - a mais carioca das livrarias - bares e botequins de responsa, a velha rua é o cenário do evento que, a meu ver, é o mais significativo da música brasileira hoje – a roda de samba quinzenal que vem mostrando a quem quer ouvir que o samba é a mais revolucionária e atual forma de expressão da nossa cultura.
Sem o apelo fácil, sem ceder aos moderninhos que acham bonito gostar de samba, mas não entendem patavina do riscado, a rapaziada do Samba da Ouvidor honra a história e a memória do velho Desvio do Mar. A mais tradicional das ruas cariocas é hoje – exatamente pelo respeito e reverência aos bambas da tradição – o espaço mais interessante e renovado da cidade mulher. (E toca o samba do Paulo aí, rapaziada!).
Axé."

Obrigado professor, esperamos sempre poder contar com seu conhecimento para o crescimento do Blog.

Aliás, quem quiser visitar o Blog do Simas é só clicar Aqui ou então ir na lista de links e clicar no blog Histórias do Brasil.

Até sábado dia 19 às 14 horas.

Abraço a todos!

domingo, 6 de julho de 2008

Partido Alto

Salve ouvidores de plantão! Como vocês sabem, na última parte do Samba da Ouvidor, sempre cantamos alguns partidos. Antes de tudo, é bom que fique claro, que não somos partideiros, longe disso. Nem é essa a intenção. Nossa idéia é somente prestar uma singela homenagem a um dos mais autênticos e importantes gêneros do samba, e, que infelizmente está praticamente extinto. O Partido-Alto sempre foi coisa muito séria. Antigamente, os mais jovens sequer tinham coragem de chegar perto da roda, tamanho era o respeito que havia naquele ritual. Monarco conta que muitas vezes ficava de longe só observando o pessoal do Estácio. Chegar perto? Nem pensar. Vamos disponibilizar aqui três partidos, são eles:

01 - Quem mandou duvidar (Padeirinho); Disco: Olha o Partido aí! Gravado ao vivo nos 40 anos de Mangueira - Ano:1968
02 - Que Samba é Esse (Jorginho Pessanha); Disco: J. Pessanha, Tô Muito na Minha
03 - Pot-Pourri: Um caso sério (Martinho da vila), Partideiro famoso (Aniceto), Sua filha (Minha Sogra) (Aniceto); Disco: Martinho da Vila, Novas Palavras - Ano:1983

Baixe Aqui!

De tão sério que é o assunto sobre Partido-Alto, confesso que tenho receio de falar sobre ele. Por isso deixo que Candeia fale por mim. Veja abaixo a primeira parte de um dos mais geniais documentários já feitos sobre o samba. Partido-Alto de Leo Hirszman

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