quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um ano!

“A rua do Ouvidor, a mais passeada e concorrida, e mais leviana, indiscreta, bisbilhoteira, esbanjadora, fútil, noveleira, poliglota e enciclopédica de todas as ruas da cidade do Rio de Janeiro...”

Joaquim Manuel de Macedo, in Memórias da Rua do Ouvidor, 1879
“Rua do Ouvidor
Vamos à rua do Ouvidor; é um passo. Desta rua ao Diário de Notícias é ainda menos.
Ora, foi no Diário de Notícias que eu li uma defesa do alargamento da dita rua do Ouvidor – coisa que eu combateria aqui, se tivesse tempo e espaço.
Vós, que tendes a cargo o aformosamento da cidade, alargai outras ruas, todas as ruas, mas deixai a do Ouvidor assim mesmo – uma viela, como lhe chama o Diário - , um canudo, como lhe chama Pedro Luís.
Há nela, assim estreitinha, um aspecto e uma sensação de intimidade. É a rua própria do boato. Vá lá correr um boato por avenidas amplas e levadas de ar.
O boato precisa de aconchego, de contigüidade, o do ouvido à boca para murmurar depressa e baixinho, sem saltar de um lado para outro.
Na rua do Ouvidor, um homem, que está à porta do Laemmert, aperta a mão do outro que fica à porta do Crashley, sem perder o equilíbrio.
Pode-se comer um sanduíche no Castelões e tomar um cálix de Madeira no Deroche, quase sem sair de casa. O característico desta rua é ser uma espécie de loja única, variada, estreita e comprida.
Depois, é mister contar com a nossa indolência. Se a rua ficar assaz larga para dar passagem a carros, ninguém irá de uma calçada a outra para ver a senhora que passa – nem a cor dos seus olhos, nem o bico dos seus sapatos, e onde ficará em tal caso “o culto do belo sexo”, se lhe escassearem os sacerdotes?"
Machado de Assis, Diário de Notícias, 13 de agosto de 1893

Prezados Macedo e Machado:
A rua do Ouvidor , para nosso gáudio, permanece estreita, tagarela, brejeira e acolhedora. Aos sábados, de 15 em 15 dias, reúnem-se pitéus de vários tipos para brindar o Rio de inúmeros janeiros.
Para os Senhores que perderam o Trem do Samba, a hora é essa! Candeia, Luz da Inspiração estará na Folha SecaRua do Ouvidor, 37 – no próximo sábado, 20 de dezembro. Nessa edição comemorativa de um ano do Samba da Ouvidor, serão apresentadas algumas algumas relíquias inéditas do Candeia, das 23 , constantes no CD que acompanha a 3ª. edição do livro de João Baptista M. Vargens.
Digníssimos Mestres, é bom lembrar que a patuscada começará às 12h. Esperam-se os Senhores lá nem que seja de tamanco. Mas o traje, não se esqueçam: tem que ser azul e branco, as cores do Rio de sempre e da eterna Portela.

Abraços!

sábado, 6 de dezembro de 2008

E daqui a pouco...

13 é a hora.

É a penúltima do ano, não chove e a sede é grande.

Alô Basile, Allan, Pedro, Patrícia...

Até mais!

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