sábado, 27 de setembro de 2008

É Hoje!

Ouvidores de plantão, é hoje! A partir das 14:00h o samba começa. Não vai chover.

A gente se vê lá!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

MIstério? Por Renato Martins.

Estava pensando em escrever algo sobre o filme " O mistério do Samba ". Para ser sincero, não gostei, por motivos particulares. Eis que entro às 3 da madruga, depois de mais uma noite inteira ao lado do meu inseparável amigo Allan, acesso o blog do Terreiro Grande e dou de cara com um magnífico texto de outro grande amigo: Renato Martins.

Me identifiquei tanto com a crítica, literalmente falando, que tomei a liberdade de publicá-la por aqui também. - Alô parceirinho, sou teu fã número um!

vai o texto:

" Esse é o mistério do samba?

Não pretendo entrar no mérito do filme, nem sobre sua qualidade técnica ou nada disso. Mas, sobre o título do filme, que nos levanta questões relevantes.
Em entrevistas sobre o documentário, seus autores e a cantora Marisa Monte, muito falaram sobre a idéia do filme e as questões que ele trazia à tona. Uma delas, o título do filme, chamou-me a atenção. "O Mistério do Samba". Eis o que diz a cantora Marisa Monte, com relação a isso:

"A gente não quis fazer algo muito biográfico, queríamos mostrar como os sambas "brotam" desses sambistas que têm um cotidiano cheio de valores fortes, e às vezes muito duro. Como aquilo se transforma em música altamente sofisticada, mesmo eles não sendo músicos profissionais? Esse é um dos mistérios do samba", disse Marisa.

O samba tem uma porção de mistérios. Muitos, de fato. Mas, acredito que esse não seja um deles. Por que é um mistério que sambas geniais, magníficos, obras espetaculares e personagens incríveis, nasçam de cotidianos "às vezes muito duro"? Qual é o mistério aí? A sofisticação, quando vinda dessa gente pobre, analfabeta, muitas vezes, sem a tal "cultura" formal acadêmica, é mistério por que? Mistério pra quem? Desde quando se mede sofisticação, pelo grau de intelectualidade ou pela especialização musical? Desde quando a música, pra ser sincera, boa, sofisticada, precisa disso? Ou seja, o mistério é: como essa gente pobre, de vida difícil, consegue fazer músicas sofisticadas? É isso o que o filme pretende mostrar. E isso é uma pena.

Penso que essa argumentação, esse pensamento, é preconceituoso e simplista demais. Como aquele cara que diz: "Ah, o Cartola é um gênio, e se pensar que ele é semi-analfabeto, então... nossa!" Como se isso, o diploma acadêmico, ou a quantidade de livros lidos, respondessem às questões todas da vida, que todo ser-humano é capaz de pensar e falar sobre, sendo ele letrado ou não. Balela! Preconceito puro! E como se o Cartola, ou o Chico Santana, ou o Alvaiade, ou qualquer outro gênio, misteriosamente tornou-se gênio num passe de mágica. Um dia, pintando parede, ou lavando um carro, pronto, nasceu o "Hino da Portela". Isso é mais que preconceito. Isso é diminuir o valor da obra e do autor, e todo o trabalho que ele teve pra fazer algo bonito, sofisticado. Não foi por acaso que o Villa Lobos não fez nenhum samba de terreiro, assim como não foi por acaso que o Paulo da Portela não escreveu nenhum concerto para orquestra. Discordo radicalmente dessa opinião simplista. Me recuso a aceitar que o mistério do samba seja esse. Não é esse. Nem ninguém sabe qual é.
O que eu sei, é que esse jeito europeu, medieval, de pensar, já tá mais que na hora de mudar.

E afinal, que diabos é sofisticação musical?

Abração! "

Perfeito Reninha, perfeito...

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

11ª Leva

Amigos ouvidores, segue abaixo a 11ª leva. Essa leva terá novidades. Além dos sambas já cantados na Ouvidor, colocaremos também as brasas que estão por vir.

Aí vai:

01. Mania de falecida (Ataulfo Alves, Wilson Batista) - Disco:78 rpm, 1939 - Canta: Ciro Monteiro
02. Cala a boca etelvina (Antônio Almeida, Wilson Batista) - Disco:78 rpm, 1950 - Canta: Jorge Veiga
03. Samba na Praça Onze (Antônio Fontes Soares) - Disco: Jamelão - Escolas de Samba (1957) - Canta: Jamelão

O que vem por aí...

04. Se o Samba Morrer (Bide, Valfrido Silva) - Disco:78 rpm, 1934 - Canta: Carlos Galhardo
05. Portela Você Me Trouxe a Paz (César Saraiva, Manacéa) - Disco: 1° Botequim - Os Partideiros (1977) - Canta: Jacyr da Portela

É só mandar brasa.

Baixe Aqui!

PS: Prestem atenção no samba do Manacéa. Coisa linda demais. Quem o descobriu foi nosso amigo Ceará. Brasa puríssima.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

E amanhã...

Às 14 horas começamos a tocar, meio dia a beber e lá para às 5 da madruga começamos a pensar em parar.

Compareçam todos, e em volta da roda, cantando bem alto para o SAMBA.

Até amanhã!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Considerações

Sobre o Terreiro Grande:

lembro-me de um determinado momento, na roda de sábado em Paquetá, em que meu querido Brigante vira-se com os olhos rasos d'água, assim como os meus, e diz: " Cara, é difícil conter o choro vendo isso tudo (...) "

Você tem toda razão, Brigante, é impossível conter a emoção vendo o Terreiro Grande, vendo o amor e o respeito que todos ali têm pelo samba. Fico pensando como seria se nossos grandes ídolos estivessem vivos. Tenho certeza de que ficariam muito felizes vendo suas músicas, até então desconhecidas, cantadas por todos. Impressionante como o público em volta da roda cantava tudo: Manacéa, Noel Rosa de Oliveira, Silas, Zé Ramos...


Tenho certeza de que estamos vivendo uma linda história e que isso vai se estender por muitos outros " terreiros " por aí. Acho que agora, sim, as pessoas estão percebendo o outro lado da coisa, entendendo o espírito de tudo.

Seria a revolução, tão sonhada por todos nós, principalmente pelo coração do nosso amigo revolucionário Renato Martins?

Sobre o Projeto Cirrose:


acho que levamos muito a sério esse negócio de Projeto Cirrose. Sábado, por exemplo, começamos às 11 da manhã e só fomos dar um intervalinho às 5 da manhã de domingo. O intervalo acabou quando encontro meu amigo Roberto Didio, insatisfeito com o café da manhã oferecido pelo hotel em que estávamos hospedados. E logo ele me propõe: " Gabriel, vamos ver se na padaria ali ao lado tem um sanduba de mortadela, ou algo parecido? "

Aceitei na hora. Pra quê? Não tinha o que queríamos comer, e tivemos que nos alimentar de cevada mesmo. Careca e Alemão já estavam por lá com a Brahma na mesa.

Cabeça e Luizinho foram vistos empurrando um pedalinho para o mar na intenção de um passeio às 5:30. Resultado: o pedalinho emperrou e os dois tiveram que voltar à praia nadando nas duvidosas águas de Paquetá.

Nossas palestras foram um fracasso. O público até que apareceu, mas os palestrantes não saíam do Bar do Paulão por nada.

Enfim, mais um final de semana histórico fechado com chave de ouro no Trapiche, onde encerramos as atividades do Primeiro Encontro Nacional do nosso Projeto. Sábado, a próxima edição lá na Rua do Ouvidor. São Pedro vai permitir.

Abraços!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Décima Leva - Terreiro Grande


Ouvidores de plantão, preparem o fígado e o coração. No próximo fim de semana o Terreiro Grande visitará o Rio de Janeiro mais uma vez. No sábado, modificaremos a vida pacata da pequena Ilha de Paquetá. No domingo, o Trapiche mais uma vez abre as portas.

Pra quem ainda não ouviu, segue uma prévia do que rolou em Novembro passado no Bar do glorioso Paulão em Paquetá. Grande bebum e figura ilustre da Ilha.

Pra rapaziada que quiser baixar aí vai o link:


01-Maria das Cinco Horas (Chatim/ Josias e Pernambuco)
02-Samba pro Concurso (Geraldo Pereira/ Moreira da Silva)
03-O vestido que eu dei (Pedro Caetano/ Alcir Pires Vermelho)
04-Senhor Comissário (Benedito Lacerda/ Haroldo Lobo)
05–Desperta Dodô Herivelto Martins/ Heitor dos prazeres)
06–Coração Ordena(Alvaiade/Paquito)
07-Falam de Mim (Caxine/ Noel Rosa de Oliveira e Aníbal Silva)
08–Retumbante vitória (Monarco)
09–Império desce (Geraldo Barbosa/ Amauri de Oliveira e Mano Décio)
10–Conselho Demais (Mano Décio/Molequinho e Elaine Assunção)
11–Meu primeiro amor (Bide e Marçal)
12–Rádio Patrulha (Silas de Oliveira/Marcelino Ramos e José Dias)
13–Feliz eu vivo no Morro (Chatim/ Josias e Pernambuco)
14–Quando Xangô pegar o apito (Nelson Sargento/ Marreta)
15–Tudo terminou (Zagaia)

Como o arquivo é grande pode haver quem não queira baixar. Então escute a brasa aqui
mesmo!


A gente se vê sábado em Paquetá na Primeira Convenção Nacional do Projeto Cirrose.

Um abraço!

PS: Obrigado a rapaziada do Terreiro Grande por ceder esse arquivo pra gente disponibilizar aqui.

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