sexta-feira, 17 de abril de 2009

Atenção!

Gostaria de pedir encarecidamente aos nossos patrocinadores etílicos, liderados pelo grande Dalton, para chegarem cedo amanhã com os nossos produtinhos. Mais uma roda de cana acontecerá, nos intervalos faremos um samba.

14 horas começa a esbórnia.

Até lá!

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Amanhã!

Mais um cachaçal pelas bandas da Ouvidor.

14 é a hora.

Até mais!

Mestre Basile


Lembro-me como se fosse ontem: " Ae Tião, dá uma gelada que o garoto quer provar e eu vou ensinar pra ele algumas coisas aqui (...) "

Era o meu querido ídolo Basile me iniciando nesse fantástico mundo boêmio, mundo que o batuqueiro dominava plenamente.

É complicado para mim falar dessa pessoa tão maravilhosa que é Luis Carlos, porém, gostaria de transcrever aqui um lindo texto de Renato Martins, que por falta de oportunidade esteve com o mestre apenas uma vez.

" " O Momo é o único bar que amei... "

Fim do ano passado, os versos do Aldir ganharam vida numa imagem pra lá de especial e que guardo na lembrança com carinho.

"Meu coração tem botequins imundos Antros de ronda, vinte-e-um, purrinha, Onde trêmulas mãos de vagabundoBatucam samba-enredo na caixinha"
O botequim, adorávelmente sujo, em questão, é o bar do Momo. Pé sujo tijucano, nos moldes perfeitos de um cartão postal pra exibir aos que desconhecem o que há de melhor na cidade de São Sebastião. O Rio do Cristo não me seduz. É oRio dos pés-sujos, aquele que o meu coração guardou. É o Rio do Momo. E no Momo foi onde adiquiri a paixão febril pelo maracujá cuado, hoje apreciado por tanta gente, cá nessas bandas frias de Sampa.

O vagabundo da vez, não batucava samba na caixinha, o que vem comprovar que o sambista não só não precisa ser membro da academia, como também não precisa de nada mais que as mãos e um pouco de desenvoltura pra armar um samba. Foi assim, fazendo o ritmo, batendo as mãos - trêmulas - na mesa, que ele cantou os sambas-enredo mais diversos e desconhecidos, pra deixar qualquer pesquisador mantendo a pose, abrindo e fechando a boca sem emitir qualquer som.Orgulhoso, ele dizia: "Não tem quem conheça mais sambas-enredo que eu!". E, acho que ele estava certo.
Basile, boêmio velho, contou-nos antigas histórias de algumas aventuras da mocidade. A maioria delas, impublicáveis e ficarão no sótão, dentro do baú, com garrafas vazias e algumas boemias adiquiridas pela vida afora.
Uma prova de que Deus existe é não é bobo, é a falta de explicação para ausências como essa.
O lado de cá tá ficando cada vez mais chato, mais vazio, mais escuro. Sigamos.

Daquele dia, ficou um convite do velho, pára que fôssemos vê-lo cantar sambas-enredo num bar na própria Tijuca. A falta de tempo, a distância e mais um bocado de eventuais impedimentos estúpidos, não nos permitiu atender o pedido do amiguinho novo. Uma pena.
Daquele dia também ficou uma enorme satisfação de ter, por poucas horas, confraternizado algumas muitas cervejas junto com esse grande camarada - nem precisa dizer - que vai deixar só saudades.

Basile! Vai em paz, mano velho. "

Impressionante como um dia ao lado do mandigueiro da Muda foi o suficiente para saber o quanto o cara era foda.

- Ae Tonhão, desce um "cerveja de malandro" pra gente brindar em homenagem ao Mangueirinha.

Beijo Mestre!

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