terça-feira, 29 de julho de 2008

Sexta Leva

Amigos, seguimos firme e forte com as "levas" para download. Dessa vez vou colocar Portela e Mangueira no mesmo time. Coloquei dois sambas do grande sambista mangueirense Carlos Cachaça e mais três sambas do histórico disco A Vitoriosa Escola de Samba da Portela de 1957.

Aí vai...

01-As Flores e os Espinhos (Carlos Cachaça) - Disco: Série Ídolos MPB Nº21 (1976)
02-Cabrocha (Carlos Cachaça) - Disco: Série Ídolos MPB Nº21 (1976)
03-Banalidade (J. Barbosa / Ventura) - Disco: A Vitoriosa Escola de Samba da Portela (1957)
04-Minha Vontade (Chatim) - Disco: A Vitoriosa Escola de Samba da Portela (1957)
05-Minha Querida (Manacéa) - Disco: A Vitoriosa Escola de Samba da Portela (1957)

Baixe Aqui!

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Samba da Ouvidor no Trapiche


Nesse domingo, mais uma vez o Samba da Ouvidor se muda para o Trapiche Gamboa onde receberá o cantor Pedro Paulo Malta. Pedro Paulo sempre esteve envolvido em projetos pautados pela criteriosa escolha de repertório. Como por exemplo, os shows O Samba é Minha Nobreza, Lembranças Cariocas e Sassaricando.

Em parceira com Alfredo Del Penho ele idealizou dois excelentes discos:

[1] Dois Bicudos (2004), um disco primoroso, com produção de Maurício Carrilho e Luciana Rabello que contém sambas até então inéditos como Entre A Cruz E A Espada (Nelson Cavaquinho) e o samba que dá nome ao disco, Dois Bicudos (Cartola e Aloísio Dias).
e
[2] Cachaça dá Samba (2007), um disco temático onde todas as músicas remetem a mais tradicional das bebidas brasileiras.

Os trabalhos começam às 19:00h, no Trapiche Gamboa.
Rua Sacadura Cabral - 155

Praça Mauá - RJ
Tel: 2516-0868

É o Projeto Cirrose mais vivo do que nunca!!!

Quinta Leva

Estamos de volta!

Para nos redimirmos com os leitores do Blog por essa semana sem movimentos por aqui, disponibilizarei a " Quinta Leva ". Nessa leva teremos algumas surpresas, dentre elas, duas músicas totalmente desconhecidas de Nelson Cavaquinho e Silas de Oliveira.

1 - Tororó ( Nelson Cavaquinho ) Terreiro Grande
2 - Me leva ( Silas de Oliveira ) Disco: Alguém me disse ( 1960 ) Gravadora Odeon. Canta: Anísio Silva
3 - Não dou perdão ( Casquinha ) Disco: Escola de Samba Portela ( 1965 ) Gravadora Musidisc. Canta: Casquinha
4 - Portela Maravilhosa ( Joãozinho da Pecadora ) Disco: Escola de Samba Portela ( 1971 ) Canta: Joãozinho da Pecadora
5 - Sofro demais ( Bala - Juca ) Disco: Ala dos compositores -Escola de Samba Acadêmicos do Salgueiro ( 1965 ) Gravadora: Musidisc. Canta: Carlinhos

Curiosidades:

1 - A gravação da música Tororó, de Nelson Antônio da Silva, é uma gravação de um show da rapaziada do Terreiro Grande com a Cristina Buarque no Teatro FECAP ( São Paulo - 2007 ).

2 - A música Me leva de Silas de Oliveira foi feita para uma filha sua que morreu. Muitos dizem
que era a sua música preferida. Outro fato curioso, é que essa música foi gravada sete vezes pelo Anísio Silva.

Baixe aqui

Amanhã o Brigante colocará informações sobre o nosso show de Domingo no Trapiche.

Grande abraço a todos!

domingo, 20 de julho de 2008

Considerações de uma tarde de sábado

O samba estava ótimo e tenho algumas considerações a fazer:

1 - A Lei Seca quis derrubar os músicos, mas graças à uma brecha da lei conseguimos contornar a situação.

2 - A rapaziada está entrando no blog, baixando as músicas e aprendendo, visto a grande quantidade de pessoas cantando em volta da roda.

3 - Como já era esperado, a garrafa de Red Label oferecida pelo nosso amigo Dalton, deu a maior merda... rsrsrs

4 - Cada dia que passa ficamos mais loucos por Manacéa, Candeia, Aniceto da Portela, Silas de Oliveira, Caninha, Anescar, Noel Rosa de Oliveira, Noel de Medeiros Rosa, Alvaiade, Zé Ramos, Cabo Laurindo, Zizica, Conceição...

5 - Não vejo a hora de chegar dia 2 de agosto, sentarmos à mesa novamente, e iniciarmos mais um " Samba da Ouvidor "

6 - " Bebida, mulher, orgia: é a lei do vagabundo (...) "

7 - Estamos muito felizes por tudo que está acontecendo.

Abraços!

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Amanhã...

Às 14 horas começamos a roda. Sambas, cachaças, Serramalte, conhaques...

Ouvi falar até que nosso amigo Dalton, presença certa em todas as rodas, comemorará 24 anos de casado por lá, e já reservou uma caixa de Red Label para a data.

Ae Dalton, cuidado para o Júnior não ver a garrafa, caso contrário... rsrs

Então é isso, quem quiser chegue cedo para almoçar e forrar o estômago, pois amanhã promete ser mais um dia para o tão famoso " Projeto Cirrose ".

Ps.: muita gente se pergunta se o Carlinhos do Antigamente, português inveterado, realmente é Flamenguista, como sempre falo na roda. Apesar dele negar até a morte, consegui nos últimos dias uma foto que comprova o que venho falando há tempos:

Até amanhã! Abraços!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Quarta Leva

Pegando a deixa do meu cumpadre Gabriel aí vai a quarta leva de sambas.

Vou disponibilizar para os ouvidores de plantão as três confraternizações do grande Walter Rosa. Esses sambas têm uma história muito engraçada. Meu camarada Renato Martins escreveu um post sobre isso lá no blog do Terreiro Grande. Leia aqui

01-Confraternização nº1 (Walter Rosa) - Disco: História das escolas de samba Vol. 3
02-Confraternização nº2 (Walter Rosa) - Disco: História das escolas de samba Vol. 3
03-Confraternização nº3 (Walter Rosa) - Disco: História das escolas de samba Vol. 3

Vou colocar aqui também um pot-pourri da genial dupla do Estácio Alcebíades Barcelos e Armando Marçal do disco Mestre Marçal interpreta Bide & Marçal (1978)

04-Sorrir (Bide e Marçal)
Louca pela Boemia (Bide e Marçal)
Nunca Mais (Bide e Marçal)
Meu Sofrer (Bide e Marçal)

Vale lembrar que esses sambas de Bide e Marçal são sempre cantados no Samba da Ouvidor pelo nosso camarada Anderson Balbueno, o gaúcho mais carioca que eu conheço. Anderson também toca no grupo Entre Umas e Outras com Leonardo Pereira (cavaquinho e voz), Luís Barcelos (bandolim) e Rafael Mallmith (violão 7 cordas). Pra quem quiser conhecer visite o MySpace da rapaziada.

Baixe Aqui!

A gente se vê no Sábado!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Machado de Assis e a Rua do Ouvidor


Como vocês sabem, esse blog não fala só de samba, mas também do Rio antigo. Seguindo esta linha, vou transcrever aqui pra vocês um texto muito bonito disponibilizado pelo ouvidor Ulisses Adirt. Na verdade, é um trecho de um texto do Machado de Assis em que ele fala da Rua do Ouvidor retirado da crônica “Tempo de crise”, publicada no Jornal das Famílias, em abril de 1873. Aí vai...


“– Não; fiquemos um pouco à porta; quero conhecer esta rua de que tanto se fala.
– Com razão, respondeu o C...

Dizem de Shakespeare que, se a humanidade perecesse, ele só poderia recompô-la, pois que não deixou intacta uma fibra sequer do coração humano. Aplico el cuento. A rua do Ouvidor resume o Rio de Janeiro. A certas horas do dia, pode a fúria celeste destruir a cidade; se conservar a rua do Ouvidor, conserva Noé, a família e o mais. Uma cidade é um corpo de pedra com um rosto. O rosto da cidade fluminense é esta rua, rosto eloqüente que exprime todos os sentimentos e todas as idéias...
– Contínua, meu Virgilio.
– Pois vai ouvindo, meu Dante.

Queres ver a elegância fluminense? Aqui acharás a flor da sociedade, as senhoras que vêm escolher jóias ao Valais ou sedas à Notre Dame, os rapazes que vêm conversar de teatros, de salões, de modas e de mulheres.

Queres saber da política? Aqui saberás das notícias mais frescas, das evoluções próximas, dos acontecimentos prováveis; aqui verás o deputado atual com o deputado que foi, o ministro defunto e às vezes o ministro vivo. Vês aquele sujeito? É um homem de letras. Deste lado, vem um dos primeiros negociantes da praça.

Queres saber do estado do câmbio? Vai ali ao Jornal do Comércio, que é o Times de cá. Muita vez encontrarás um cupê à porta de uma loja de modas: é uma Ninon fluminense. Vês um sujeito ao pé dela, dentro da loja, dizendo um galanteio? Pode ser um diplomata. Dirás que eu só menciono a sociedade mais ou menos elegante? Não; o operário pára aqui também para ter o prazer de contemplar durante minutos uma destas vidraças rutilantes de riqueza, – porquanto, meu caro amigo, a riqueza tem isto de bom consigo, é que a simples vista consola.

Saiu-me o C... tamanho filósofo que me espantou. Ao mesmo tempo agradeci ao céu tão precioso encontro. Para um provinciano, que não conhece bem a capital, é uma felicidade encontrar um cicerone inteligente.”

Ulisses, muito obrigado por sua colaboração.

Amanhã coloco a 4ª leva de sambas!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Terceira leva

Conforme prometido, estarei hoje disponibilizando mais cinco músicas que cantamos em nossa roda. As outras cinco da semana deixo pro Brigante, esta pessoa maravilhosa, incansável sambista e conhecedor de nossa cultura.

Antes gostaria de falar uma coisa:

A nossa roda é para o samba, não temos fins lucrativos, o único dinheiro que ganhamos é o do Táxi, e como eu não ando de Táxi o trocado fica para a cana mesmo. rsrs

A nossa única intenção é cantar sambas que não se cantam por aí, apresentá-los ao público e fazer com que o interesse por esse tipo de música seja despertado. Essas jóias não podem cair no esquecimento.

Espero que a rapazeada esteja afiada para poder cantar conosco nesse sábado. Aí vai a tão esperada terceira leva.

1 - Samba pro concurso ( Geraldo Pereira - Moreira da Silva ) Disco: 78 Rpm, Lado A ( 1943 ) - Gravadora Odeon. Canta: Moreira da Silva
2 - Rádio Patrulha ( Silas de Oliveira - Marcelino Ramos - Luizinho - J. Dias ) Disco: 78 Rpm, Lado A ( 1956 ) Gravadora Copacabana. Canta: Heleninha Costa
3 - Deixa-me partir ( Bide e Marçal ) Disco: 78 Rpm, Lado A ( 1946 ) Gravadora Continental. Canta: Déo ( O Ditador de Sucessos )
4 - A Vila não morreu ( Aldacir Louro - Anísio Bichara - Color ) Disco: 78 Rpm, Lado B ( 1952 ) Gravadora RCA Victor. Canta: Gilberto Alves
5 - Conselho demais ( Dom Carlos - Elaine Assumpção - Mulequinho ) Disco: Império Serrano - Samba do morro e do asfalto ( 1961 )

Baixe aqui

Ae Brigante, a outra leva da semana é contigo meu cumpadre!

Até sábado!

Abraço a todos! Amigos, amigas, irmãos, anônimos...

domingo, 13 de julho de 2008

Como Baixar!

Como tem muita gente com dúvidas sobre como baixar os arquivos disponibilizados, aí vai um pequeno tutorial.

Todos as arquivos que serão disponibilizados aqui estarão hospedados no Rapdishare ou Mediafire. Para facilitar, sempre "compactamos" os arquivos em softwares próprios para isso, são eles:

[1]WinZip -
Baixe Aqui ou
[2]Winrar - Baixe Aqui

Para Baixar no Rapidshare
1-Clique em FREE USER
2-Espere a contagem regressiva (Still ... seconds)
3-Clique em no botão azul Download
4-Salve a arquivo onde desejar
5-Descompacte o arquivo usando o WinRar (para arquivos com extensão *.RAR) ou WinZip (para arquivos com extensão *.ZIP)

Para Baixar no Mediafire
1-Espere enquanto o Mediafire carrega o arquivo
2-Clique em "Click here to start download..."
3-Salve a arquivo onde desejar
4-Descompacte o arquivo usando o WinRar (para arquivos com extensão *.RAR) ou WinZip (para arquivos com extensão *.ZIP)

Espero que agora não haja mais dúvidas!

40 Anos de Samba de Mangueira


Bom, não é o propósito do blog disponibilizar discos inteiros para download, pois já existem outros blogs fazendo muito bem esse trabalho. Entretanto, depois do post sobre o Partido-Alto, muita gente me perguntou sobre esse disco. Então decidi colocar esta brasa aqui para todos os ouvidores de plantão.

Aí vai!

Olha o Partido Aí! Gravado ao vivo nos 40 anos de samba de Mangueira.

01-Quem Mandou Duvidar (Jorge Zagaia e Padeirinho)
02-Mana Cadê Meu Boi (José Bezerra e Jorginho)
03-Não Vou a Pé (Miro e Padeirinho)
04-Coração em Festa (Xangô e Padeirinho)
05-Quando eu Vim de Minas (Xangô)
06-Eu Não Sou o que Ela Pensou (Jorginho e Setembrinho)
07-Vem Rompendo o Dia (Xangô)
08-Diretor de Harmonia (Jorge Zagaia e Padeirinho)
09-Quem É? (Aniceto)
10-O Namoro de Maria (Xangô e Aniceto)
11-Teve Que Voltar (Padeirinho)

Partideiros: Aniceto, Xangô, Padeirinho, Zagaia e Jorginho
Ritmistas: Jurandir, Jorginho, Birinha, Tião, Setembrinho, Rogério, Martinho
Pastoras: Dagmar, Neide, Rosileia, Lêda, Nair

Produzido por Norival Reis e Miro de Oliveira

Este disco é simplesmente genial. Reparem na peculiaridade da afinação dos instrumentos. Bom, já escrevi demais. Agora é baixar o disco e ouvir sem parar...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Onde e Quando!

Bom, como tem muita gente perguntando, aí vão algumas informações sobre o Samba da Ouvidor. Como o próprio nome já diz, o samba acontece na Rua do Ouvidor, em frente a livraria Folha Seca. O samba rola aos sábados de quinze em quinze dias. O próximo será no dia 19 de Julho. É bom chegar cedo, por volta das 13:30h. Lá pelas 20:00h o samba acaba!

Às quintas, rola um Happy Hour na esquina da Rua do Rosário com a Rua do Mercado no Casual Retrô. Não é o samba completo, mas sim um quarteto. Começa às 18 horas.

Para maiores detalhes visite a Agenda do Samba&Choro.

Esperamos todos por lá...

terça-feira, 8 de julho de 2008

A mais carioca das Ruas

Com apenas uma semana no ar, nosso Blog já ganhou o primeiro presente. Um presente de Luiz Antonio Simas, o famoso Simão.

Simas é um apaixonado pelo Rio, boêmio, sambista, suburbano,daqueles que só vai à Zona Sul em último caso, e também professor de História, aliás um excelente professor. Não é difícil esbarrar com um de seus alunos por aí. O último que esbarrei foi na própria "Desvio do Mar" nesse último sábado: " Porra o Simas foi sem dúvida o melhor professor que já tive (...)", dizia um ex-aluno empolgado ao vê-lo cantar " Os cinco Bailes da história do Rio ", lendário samba enredo do Império Serrano de autoria de Ivone Lara e Silas de Oliveira.

A pedido do Blog, o nosso querido Simão fez um texto sobre a Rua do nosso coração. Aí vai:

A mais carioca das ruas (Luiz Antonio Simas)

" Não há na cidade do Rio de Janeiro lugar que tenha mais histórias que a tradicionalíssima Rua do Ouvidor. No início dos tempos coloniais, a Ouvidor era conhecida como o Desvio do mar. Ao longo de sua história, recebeu várias denominações. Foi, por exemplo, Rua do Alex Manuel, do Manuel Costa, do Gadelha, do Barbalho, Salvador Correa, da Santa Cruz e Rua do Padre Homem da Costa.
Em meados do século XVIII, mais precisamente em 1745, a Fazenda Real comprou algumas casas na rua para que fossem residências dos Ouvidores. O primeiro Ouvidor foi Manuel Pena de Mesquita. O segundo Ouvidor, Francisco Berquó da Silva Pereira, tornou-se popularíssimo na região. Parece, inclusive, que era chegado numa cana forte. Bebia muito, o nosso funcionário real. Por causa dele a rua passou a ter a denominação que preserva até hoje.
Quando a corte portuguesa chegou ao Brasil e os portos foram abertos, em 1808, a velha rua adquiriu um novo status. Passou a ser, ao longo das décadas, a sede de confeitarias, cafés, redações de jornais, livrarias, casas de modas e casas de música. Era, enfim, a rua mais importante da cidade.
Em 1897 o governo tentou mudar o nome da rua para Coronel Moreira César, em homenagem ao militar falecido na guerra de Canudos. A população da cidade ignorou solenemente a mudança, continuou chamando a rua pelo nome tradicional e fez a prefeitura desistir da homenagem. Não combinava mesmo chamar a Ouvidor, reduto da fina flor da boemia carioca no século XIX, pelo nome do coronel – um sujeito violento pacas, diga-se de passagem, e nem um pouco chegado num furdunço.
Para quem gosta de música, é importante lembrar que na Rua do Ouvidor n. 107 funcionou a pioneira Casa Edson, especializada na venda de equipamentos de som e eletrodomésticos. Em um anexo da loja, no n. 105, Fred Figner fundou a primeira gravadora do Brasil, responsável por dar ao país no início do século XX o terceiro lugar no ranking mundial de fonogramas gravados. A nata da música brasileira de então – chorões, violonistas, cantores de modinhas, maxixes e polcas – vivia circulando pelos arredores da Casa Edson. Era na Ouvidor também que desfilavam as Grandes Sociedades Carnavalescas durante o tríduo de Momo.
A Ouvidor, enfim, concentrava boa parte das atividades culturais da cidade de São Sebastião. Foi assim até a abertura da Avenida Central – atual Rio Branco – quando vários estabelecimentos mudaram-se para a moderna avenida. A velha rua, entretanto, mesmo perdendo parte da importância que tinha, nunca perdeu o charme que a tornou lendária.
Hoje, cada vez mais revigorada e, felizmente, popular, a Ouvidor volta a ocupar um espaço primordial na vida cultural da cidade. Não bastasse sediar a Folha Seca - a mais carioca das livrarias - bares e botequins de responsa, a velha rua é o cenário do evento que, a meu ver, é o mais significativo da música brasileira hoje – a roda de samba quinzenal que vem mostrando a quem quer ouvir que o samba é a mais revolucionária e atual forma de expressão da nossa cultura.
Sem o apelo fácil, sem ceder aos moderninhos que acham bonito gostar de samba, mas não entendem patavina do riscado, a rapaziada do Samba da Ouvidor honra a história e a memória do velho Desvio do Mar. A mais tradicional das ruas cariocas é hoje – exatamente pelo respeito e reverência aos bambas da tradição – o espaço mais interessante e renovado da cidade mulher. (E toca o samba do Paulo aí, rapaziada!).
Axé."

Obrigado professor, esperamos sempre poder contar com seu conhecimento para o crescimento do Blog.

Aliás, quem quiser visitar o Blog do Simas é só clicar Aqui ou então ir na lista de links e clicar no blog Histórias do Brasil.

Até sábado dia 19 às 14 horas.

Abraço a todos!

domingo, 6 de julho de 2008

Partido Alto

Salve ouvidores de plantão! Como vocês sabem, na última parte do Samba da Ouvidor, sempre cantamos alguns partidos. Antes de tudo, é bom que fique claro, que não somos partideiros, longe disso. Nem é essa a intenção. Nossa idéia é somente prestar uma singela homenagem a um dos mais autênticos e importantes gêneros do samba, e, que infelizmente está praticamente extinto. O Partido-Alto sempre foi coisa muito séria. Antigamente, os mais jovens sequer tinham coragem de chegar perto da roda, tamanho era o respeito que havia naquele ritual. Monarco conta que muitas vezes ficava de longe só observando o pessoal do Estácio. Chegar perto? Nem pensar. Vamos disponibilizar aqui três partidos, são eles:

01 - Quem mandou duvidar (Padeirinho); Disco: Olha o Partido aí! Gravado ao vivo nos 40 anos de Mangueira - Ano:1968
02 - Que Samba é Esse (Jorginho Pessanha); Disco: J. Pessanha, Tô Muito na Minha
03 - Pot-Pourri: Um caso sério (Martinho da vila), Partideiro famoso (Aniceto), Sua filha (Minha Sogra) (Aniceto); Disco: Martinho da Vila, Novas Palavras - Ano:1983

Baixe Aqui!

De tão sério que é o assunto sobre Partido-Alto, confesso que tenho receio de falar sobre ele. Por isso deixo que Candeia fale por mim. Veja abaixo a primeira parte de um dos mais geniais documentários já feitos sobre o samba. Partido-Alto de Leo Hirszman

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Segunda leva

Olá! Conforme combinado está aí a segunda leva de sambas. Para cada roda nossa postaremos novas gravações. E como este sábado é dia, vamos todos aprender a cantar para o coro ficar cada vez mais forte.

1 - O Império desce ( Geraldo Barbosa - Amaury de Oliveira - Dom Carlos ) Disco: Império Serrano - Samba do morro e do asfalto ( 1961 )
2 - Segundo Rio que passou ( Walter Rosa ) Disco: Portela 1972
3 - Primeira Figura ( Walter Rosa ) Disco: A Voz do Samba ( 1969 )
4 - Adeus Estácio ( Benedito Lacerda - Gastão Viana ) Disco: 78rpm, Lado B ( 1939 ) - Gravadora Odeon
5 - Império do Samba ( Zé da Zilda ou Zé com Fome ) Disco: 78rpm, Lado A ( 1954 )- Gravadora Odeon

Baixe aqui

Até sábado!

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