quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Amelia Rabello - "A delicadeza que vem desses sons"

É difícil falarmos de sonhos, de algo que seja, mesmo que no imaginário, inalcançável.
Às vezes nos damos conta, e percebemos que o sonho está perto da realidade, que o inalcançável pode ser alcançado a qualquer momento, e a prova mais concreta disso é Amelia Rabello.

Quando ouvi Amelia pela primeira vez, tinha a certeza de que estava entrando num sonho. O timbre, a delicadeza, a interpretação... eu precisava "apenas" daquilo para ser feliz.

Esse ligação entre o sonho e a realidade é interessante... outro dia me deparo com Amelia Rabello, aquela que desde sempre eu escutei, que me ensinou, mesmo sem me conhecer, a ouvir música com atenção aos mínimos detalhes.

A elegância e distinção de sua pessoa podem ser vistas em seu canto. Amelia é das poucas artistas que conheço, que consegue ser no palco, ou no estúdio, ou em qualquer lugar em que esteja exercendo o seu cantar, a mesma pessoa que é no dia a dia, para um café, uma conversa...

Amelia traz no seu canto o que há de mais brasileiro, é uma raridade. É a união entre a tradição e a modernidade, entre a tranquilidade e a força, entre a precisão e a emoção.

"A delicadeza que vem desses sons" chega num momento importantíssimo para a nossa música. Chega para mostrar que é possível se fazer música de qualidade nos dias de hoje. É a prova de que a música brasileira ainda tem salvação. E falo isso sem ter ouvido o CD. É que se tem Amelia, Luciana, Cristovão Bastos, músicas inéditas de Paulo César Pinheiro, Radamés, Ataulfo, Pedro Amorim, Roque Ferreira, Moacyr Luz e outros, a probabilidade de dar errado é nula.

Enfim, quem me conhece sabe o quanto prezo essa cantora, que álém de tudo é um exemplo de dignidade e honestidade artística, pois tudo que sai dali é feito com o coração e com a alma.

Falo isso tudo, pois dias 13 e 14 de setembro teremos a oportunidade de ver que o sonho é real, e pode ser alcançado, na Cinelândia.

E como "o povo segue o seu cantor", como sabiamente disse Paulo César Pinheiro na música Santa Voz, em parceria com Baden, canta, Amelia, canta pra afastar dos corações a dor... canta uma esperança, canta... canta o verso novo de um compositor... e que o criador, que criou a sua santa voz, abençoe essa garganta, pois afinal, alguém tem que cantar por nós.

Anotem aí:
Teatro Rival Petrobrás - Rua Álvaro Alvim 33/37 - subsolo - Rio de Janeiro - RJ
Dias 13 e 14 de setembro ( terça e quarta feira )
Horário: 19:30
40 reais inteira - 20 reais meia
Desconto de 20% na compra casada e antecipada do ingresso + CD: 50 reais, através do email: ingresso@acari.com.br

A quem interessar possa, estaremos vendendo alguns ingressos amanhã em nossa roda, que começará às 15:30.

Ass
.: Gabriel Cavalcante

2 comentários:

Luciana Rabello disse...

Grande, Gabriel! Tem um proverbio antigo que diz: "Só é capaz de enxergar a beleza quem também a tem".
Fiquei comovida com as suas palavras e assino embaixo!
E exatamente porque acreditamos na força da boa música do nosso país que estamos aí. E quando aparece gente talentosa como você, acreditando no mesmo que acreditamos e apostando suas fichas nisso, nosso coração se alegra e nos dá força pra continuar! Estarei lá na Ouvidor amanhã!
Grande abraço,
Luciana Rabello

Conceição disse...

Que texto bonito, Gabriel! Por tudo que a Amélia nos oferece quando canta e emociona,ela merece receber cada uma dessas palavras tão carinhosas e bem escritas. Nós estaremos lá!

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